Hey, galera! Eu já disse por aqui que sou fã do mestre Stephen King? Acho que ainda não, né?! Pois hoje eu venho falar de um dos livros do cara!
Quando eu pego um livro do King, eu puxo logo uma caneca de café, biscoitos e — sempre que posso — sento em uma poltrona bem confortável, porque é certo que a história é boa e que merece dedicação. Nunca consigo me prender em uma leitura do King dentro de um ônibus, por exemplo. Elas sempre exigem toda a atenção para elas.
Bom, eu sou obediente e não estava nada afim de terminar queimado — pega essa referência! — com o mais recente lançamento da Biblioteca Stephen King — A Incendiária. Embora o título seja de 1980, a linda da Suma de Letras está relançando aqui no Brasil, para a coleção Biblioteca Stephen King.
Na história, teremos a jornada de Andy e Charlie, em uma grande de perseguição e escapes, entre o governo e pai e filha. Andy era universitário e precisava de uma grana extra, então ele se submete a um experimento, juntamente com outros estudantes — incluindo Vicky, a sua futura esposa —, onde são expostos a uma droga chamada de Lote 6, que é capaz de estimular áreas do cérebro que são pouco desenvolvidas, podendo despertar capacidades paranormais.
A experiência não deu muito certo e não saiu como esperado. Alguns dos voluntários morreram durante o experimento e o governo encobriu e cancelou o projeto, porém os que sobreviveram passaram a ser vigiados pela organização.
Do casamento de Vicky e Andy, nasceu Charlie e que, enquanto os poderes de seus pais são limitados, os dela não. Charlie é capaz de gerar e manipular o fogo/calor com sua pirocinese, então quando o governo descobre isso, começa a perseguição à família capacitada pelo Lote 6, em uma briga de gato e rato.
Até então, nada de muita novidade, certo? Não, errado! Pode até parecer que história é simples e previsível, mas não é. Stephen King sabia o que fazia desde 1980 e a narrativa é extraordinária quanto à construção dos personagens, desde Andy, um pai protetor, Charlie, que King revelou ter sido inspirada em sua própria filha, e até mesmo seus perseguidores, extremamente inteligentes e sagazes, dignos de manter a caçada intensa.
As jogadas inteligentes de ambas as partes e o rumo iminente das ações conseguem conquistar o leitor facilmente, embora às vezes o ritmo não seja tão veloz quanto a ansiedade exija — mas essa é uma característica da narrativa de Stephen King. Algumas coisas podem parecer meio old school, mas, como falei, a obra é de 1980 e foi inspirada no cenário mundial daquela época, então é normal parecer um tanto nostálgica mesmo.
Não é o melhor livro do mestre King, mas foi o título que fechou suas criaturas com capacidades mentais geradas por cenários sci-fi, e entrega o que promete, merecendo um lugar na Biblioteca Stephen King.
Avaliação:
Ficha Técnica
Título: A Incendiária
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
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