Sabe o Clichê? Esse livro nasceu nas profundezas do âmago do gênero. Com muito humor e cumplicidade, Lauren Layne nos apresenta a história de Parker e Ben, dois melhores amigos que desafiam todas as leis físicas/sociais/biológicas, provando que existe amizade entre um homem e uma mulher.
Parker e Ben são amigos desde o primeiro dia em que se conheceram na faculdade. Dividiram um apê durante a graduação, e mesmo agora, dois anos após o término dos estudos, continuam morando juntos. Contrariando assim, tudo o que sociedade prega.
Dá para se ter um relacionamento platônico com um cara sem qualquer desejo romântico, fantasia sexual e tentativas fúteis de esconder a dor do amor não correspondido com declarações ingênuas como “eu não gosto dele desse jeito”. Como é que eu sei disso? Como sei que homens e mulheres podem ser melhores amigos sem qualquer envolvimento romântico? Porque sou o lado feminino desta equação há seis anos.
Parker namora há 5 anos com Lance, um cara bem nerd que conheceu na universidade e Ben é a personificação da palavra galinha. Após o término do namoro, Parker resolve não querer mais nada sério com ninguém, apenas casos de uma noite, assim como Ben sempre fez. Sabendo que morava com o mestre, Parker pede para Ben a introduzir nessa “vida de solteira”, até porque, foram 5 anos namorando o mesmo cara, ela não sabia mais como chegar em alguém.
Depois de fracassar algumas vezes, Parker percebeu que ela não conseguia transar com um estranho, exatamente por ele ser estranho. Ela precisava ter certa intimidade com o parceiro escolhido, o que a levou a pensar em alguém bem íntimo, conhecido por ser bom no que faz e com o quarto a poucos metros do seu.
E se minha mãe estiver certa? E se o cara certo para aplacar meu desejo sexual for alguém que me faz rir? Alguém com quem consigo conversar. E se o cara certo estiver bem na minha cara?!
Antes de minhas considerações finais, devo dizer que sou uma amante do gênero, então estou acostumada com a maioria dos problemas que serão relatados, geralmente os ignoro, mas estão muito evidentes nesse livro. Não quer dizer que ele seja ruim, apenas extrapolou na dose de clichê e pecou um pouco na construção das falas e narrativa.
A escrita é normal, os diálogos são rasos e repetitivos, as falas estão entre “aspas”, o que me incomoda MUITO, os personagens principais te dão ódio, mas te divertem na maior parte do tempo. Um ponto positivo é a sua duração, acredito que foi o suficiente para contar a história, sem necessidade alguma de uma continuação. O livro tem como público alvo os amantes de clichê e, acredito que, não agrade nenhum público fora dessa equação.
Mais que amigos é um livro pequeno e, na maior parte do tempo, divertido. Talvez seja legal para quem quer sair de uma ressaca literária ou para quem quer ler algo mais leve e relaxante. Não recomendo para as fadinhas que não curtem clichê, até porque, o livro se resume nisso.
Avaliação: Ficha Técnica
Título: Mais que Amigos
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