Hoje falaremos sobre um livro que me surpreendeu muito, confesso que comecei a ler despretensiosamente, achando que o livro seria tão superficial quanto a sua adaptação cinematográfica, e levei um belíssimo tapa na cara.
O livro DUFF nos contará a história de Bianca Piper, uma garota que não está nem aí para a opinião alheia, e não é uma das mais bonitas e populares do colégio. Bianca é muito inteligente e demasiadamente cínica, sarcástica e mal-humorada. Apesar do humor ácido, tem duas melhores amigas de personalidades opostas as dela, Casey e Jessica, duas meninas super legais — e bonitas — que estão sempre sorridentes e querendo dançar em uma espécie de clube noturno para adolescentes — um lugar que Bianca odeia — e é lá que a história começa.
Bianca estava sentada no bar enchendo a cara de Coca Light — em um profundo tédio — quando o boy magia supremo de sua escola senta ao seu lado e começa a puxar papo. Como qualquer pessoa sã faria, ela desconfiou e deu vários foras nele, mas foi surpreendida por sua resposta.
— Eu, na verdade, preciso da sua ajuda. Olha, suas amigas são gatas. E você, querida, é uma Duff. — E isso significa alguma coisa? — Uma sigla em inglês para Designated Ugly Fat Friend, ou seja, a amiga feia e gorda — explicou ele.— Sem querer ofender, é isso que você é. [...] — O lance é que os cientistas já provaram que todo grupo de meninas tem um ponto fraco, a Duff. E garotas bonitas tendem a se dar bem com garotos que se enturmam com as suas Duffs. — E agora todos os drogados estão autorizados a chamar a si mesmos de cientistas? Isso é novidade pra mim.
Calma pequena fadinha, ainda não é tempo de incinerar Wesley — o boy magia —, te garanto que ele pagou pelo o que disse. Mas ele acaba se tornando um personagem crucial para o desenvolvimento da história, pois a partir desse momento, Bianca não para de pensar no bendito rótulo que foi imposto a ela e, em certa hora, chega a se indagar do por quê uma garota que não liga para a opinião das pessoas sobre si, ficar tão abalada com essa designação, será que ela realmente não se importa com a sua aparência ou reputação?
Confesso que o humor ácido de Bianca já me conquistou logo nas primeiras páginas, parece que ela sempre tem uma resposta na ponta da língua para qualquer provocação, e é cheia de opiniões fortes e polêmicas — concordo com quase todas — além de ser a rainha do cinismo.
A seguir, deixarei alguns dos melhores momentos de minha personagem favorita:
— Espanhol, é? — perguntou ele, lendo meus papéis enquanto os juntava. — Você consegue falar alguma coisa legal? — El tono de tu voz hace que quiera estrangularme. — Eu me levantei e esperei que Wesley me desse os papéis que tinha recolhido. — Isso parece bem sexy — disse ele, levantando-se e me entregando a pilha de deveres de espanhol que tinha juntado. — O que você acabou de dizer? — O tom da sua voz faz com que eu queira me estrangular.
Ainda nem era a hora do almoço, e eu já queria pular de um precipício. Ah, tá, tudo bem, sou meio que chegada a um drama. Mas, definitivamente, queria voltar para casa e ir para a cama.
— Seu senso de humor está precisando de exercício, então — sugeriu Wesley. — A maioria das garotas acha minhas brincadeiras charmosas. — Essas garotas devem ter um QI tão baixo que precisam tomar cuidado pra não tropeçar nele.
Embora a história comece com um enredo adolescente e “clichê”, logo você perceberá que não é tão superficial quanto parece. Além de abordar vários assuntos importantíssimos, também nos faz refletir sobre o que realmente somos e nos mostra que compartilhar nossos sentimentos e aflições é muito importante para nossa saúde mental.
“Mesmo nós, os cínicos, merecemos uma noite de folga de vez em quando, certo?”
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