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A Prisão do Rei - Resenha

Queridos leitores,

Tive que priorizar algumas coisas em minha vida, mas finalmente consegui ler A Prisão do Rei, terceiro volume da série A Rainha Vermelha da autora Victoria Aveyard, lançada no Brasil pela Seguinte, selo da Companhia das Letras. Durante a leitura há lembretes de acontecimentos anteriores, que ajudam a nos situar, e ter mais empatia pelos dois lados da guerra. A história se desenrola de forma lenta e quase monótona, o que seria ruim, se não fossem as várias situações de muita tensão e suspense, com combates, intrigas, traições e muito mais.

Mare Barrow está de volta ao Castelo, se tornou prisioneira para salvar aqueles que ama, das garras do novo Rei de Norta, seu antigo prometido, Maven. Quem diria que aquele garoto seria capaz de crueldades tamanhas, bem, eu sempre tive minhas dúvidas sobre ele, mas deixando isso de lado, me pergunto se em algum momento ele irá se libertar do mal que a mãe fez crescer dentro dele, se sim, ele será capaz de se perdoar? Enquanto não temos essa resposta, ele se mostra tão cruel quanto inteligente. Ao invés de matá-la, torna a garota elétrica uma mártir, ele a força a mentir tornando-a uma “aliada” aos olhos de Norta.

“O vestido a cobre do pescoço até os punhos e os tornozelos. Provavelmente para esconder hematomas, cicatrizes e a marca do Rei. Não é um vestido coisa nenhuma. É uma fantasia.”

Mare está sufocada com as pedra silenciosas e, quase, impotente sem seu poder, sofrendo diariamente tortura física e psicológica, mas ela não se permite desmoronar, porque essa sim é uma protagonista e tanto, ela tenta de todas as formas fazer algo além de sentar e esperar que um príncipe a salve, apesar do príncipe estar tentando. Mare usa tudo que sabe e que aprendeu sobre Maven para usar no momento certo, as conversas deles são sempre intensas.

“- Uma cela é uma cela, não importa como você a decore.”

“Acha que quero te mante-lâ prisioneira? ... É o único jeito de te manter comigo.”

Mare fica dividida entre o ódio mortal e a crença de algo “bom” dentro de Maven, admito que apesar da crueldade gosto do rapaz, não me julguem, mas ele é resultado das escolhas dele, mas também do que fizeram a ele, e pelo menos é decidido e sinto que ainda temos muito a ver dele.

“Eu também poderia ser um monstro. Se a oportunidade se apresentasse. Se alguém me quebrasse, como Maven foi quebrado.”

Tenho que dizer, Victoria acertou em cheio com as personagens femininas dessa série, são mulheres incríveis e que fazem a diferença. Durante a leitura temos a narração de Mare do lado prateado, e Cameron, do lado da guarda, o que nos permite ver a trama por todos os ângulos, e mais pra frente temos uma terceira visão, que eu tenho certeza fará algo grande no próximo livro.

Enquanto isso a Guarda Escarlate se organiza, aumenta seu poder e faz movimentos que irão deixar Maven em maus lençóis. Neste terceiro volume vemos um reino dividido entre os que apoiam Maven e aqueles que ainda acreditam em Cal. Um livro cheio de reviravoltas, onde aliados viram inimigos e inimigos se tornam aliados. Nessa loucura conhecemos novos personagens e consequentemente novos poderes tanto de prateados, quanto de sangues novos. Mas nada me deixou mais curiosa do que a pesquisa de Julian sobre o início de tudo, pois me fez refletir sobre o bem o mal, que o ódio e raiva podem transformar mocinhos em vilões num piscar de olhos. Ah escolhas, o mundo é repleto delas e mesmo aqueles que conseguem ver o futuro não estão livres de cometer erros.

E é na última página que vem a escolha que pode mudar tudo.
Que venha A Tempestade de Guerra.

VAMOS NOS LEVANTAR VERMELHOS COMO A AURORA!



Avaliação:
Ficha Técnica
Título: A Prisão do Rei
Série: A Rainha Vermelha #3
Autor: Victoria Aveyard
Editora: Seguinte
Páginas: 552

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