Hey, galera! Ultimamente eu tenho lido uma grande cota de thrillers e suspenses, e hoje venho falar de um deles para vocês, com “A Mulher na Janela”, o mais recente suspense psicológico lançado pela editora Arqueiro.
Anna mora sozinha em sua casa, onde já viveu um dia juntamente com seu marido e com sua filha, porém agora não sai mais de casa e está reclusa por conta de uma fobia.
Anna precisa ocupar o seu tempo e por isso bebe muito e tem uma atividade um tanto curiosa — literalmente — de ficar bisbilhotando a vida dos vizinhos pela janela, através das lentes de sua Nikon — eu tenho vontade de perguntar ao A. J. Finn se ele é apaixonado pela fabricante de câmeras, porque o tempo todo a história faz questão de enfatizar que Anna usa uma Nikon.
A protagonista leva sua vida “regular” de bebidas e câmera na janela, até o dia em que uma família se muda para uma casa do outro lado do parque e as coisas começam a sair da linha rotineira.
A Mulher na Janela nos traz mais de um mistério. O primeiro deles é o motivo e a fobia de Anna, que a fez chegar ao estado atual, e que a personagem vai narrando aos pouquinhos durante o livro. Intercalado com isso, temos os mistérios da vida alheia, e principalmente o que muda juntamente com a chegada da família nova da história.
Eu confesso que achei a narrativa muito arrastada. Não sei se o autor queria despertar ansiedade em desenrolar tão lentamente as histórias, mas comigo não funcionou. Achei que a engenhosidade para montar e descrever as cenas é muito chata, porque leva o leitor a prestar atenção em muitos detalhes que são inúteis, no final das contas. Mas de repente essa afetação tenha sido um tanto de intolerância minha, por conta de ler tantas obras desse estilo.
O ponto que gostei nas descrições de cenário, são as referências que se encaixam, como a estrutura da casa de Anna e sua fobia. O autor não entrega isso claramente, mas está ali para ser percebido por quem prestar mais atenção.
As certezas dúbias da personagem também causam uma sensação interessante e o leitor acabará buscando pistas para identificar o que é realidade e o que é uma possível alucinação de Anna.
O desfecho da história é bem natural e sem muitas reviravoltas, o que achei um ponto positivo, do contrário destoaria demais do ritmo adotado. Um suspense leve, que vai prender principalmente quem não é acostumado com esse tipo de leitura. Para quem curtiu “A Garota no Trem”, esse livro também será conquistador.
Avaliação:
Ficha Técnica
Título: A Mulher na Janela
Autor: A. J. Finn
Editora: Arqueiro
Páginas: 352
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