Com certeza você já deve ter me visto declarar uma grande falta de amor por George R. R. Martin — aqui pelo #IAmNotAFairy — e hoje eu trago mais uma resenha que possui seu nome na capa, vamos falar da série Wild Cards.
Quando eu vi esses livros pela primeira vez nas livrarias, logo me interessei pelas capas que pareciam imersas em um universo de RPG — e realmente foram baseadas nisso, mas foi quando cheguei mais perto que vi o nome de Martin estampando a capa em letras garrafais e, na época, meu ódio por GoT estava no auge e eu não aguentava nem ouvir no nome desse cara. Esse foi o motivo para eu passar longe dos Wild Cards, mas hoje eu estou um pouquinho menos intolerante e resolvi dar uma chance à série, quando soube que, na verdade, os livros são feitos por vários escritores e não somente o Martin.
Wild Cards nos apresenta um planeta Terra em guerra, até que chega um alienígena com uma arma biológica, que possui a proposta de evoluir os seres humanos. Após liberar o vírus nos céus de Nova Iorque, a humanidade foi condenada.
O vírus Carta Selvagem (Wild Cards, do título) recebeu esse nome porque ninguém sabe o que pode ocorrer quando for exposto ao vírus. Alguns morrem instantaneamente e dizem que esses receberam a carta da Rainha Negra. Algumas outras pessoas recebem anomalias e deformidades, esses são os Curingas. Porém 1% de quem é exposto ao Carta Selvagem, consegue atingir a evolução e passam a ser super-capacitados, ganhando habilidades especiais como super poderes, estes são os Ases.
Quando eu percebi esse cenário, não pude conter minha empolgação com a premissa da série. Sci-fi misturado com uma espécie de mutantes X-Men, ambientados em interesses sociais, econômicos e políticos. Parecia perfeito! Cada capítulo é individual, sobre um personagem, e cada um é feito por um escritor diferente, enquanto Martin desenvolve os prelúdios que fazem as conexões entre eles. Afinal todos pertencem ao mesmo universo da narrativa.
Eu realmente gostei de muitos personagens, mas nem todos sobrevivem ou mesmo chegam a aparecer novamente no decorrer do livro, esse é um dos “problemas” causados por esse tipo de narrativa mosaico, com vários contos de autores diferentes.
Eu não reclamaria tanto do fato dos personagens que gostei não voltarem, até porque não sei quem estará nos próximos volumes, mas um outro problema mais grave acontece em Wild Cards: as histórias de cada personagem são excelentes e muito bem escritas. Todas muito coerentes e com uma ótima construção, mas o problema é que todas contam a mesma coisa por trás de tudo e quando chega no final do livro o leitor já não aguenta mais a quantidade massiva dos mesmos fatos e acontecimentos.
Não acredito que o problema esteja com os autores, mas sim do Martin, que deveria ter pensado e ajustado toda essa dinâmica, já que ele é o responsável por interligar os contos. Desculpa, Martin, mas você ainda não me conquistou, está difícil, hein!
No final das contas, ainda acredito que o resultado seja mais positivo do que negativo. Eu realmente gostei muito da ideia, das histórias e dos personagens, todas com bons elementos de ficção e sem pontas divergentes. Espero que os demais volumes sejam mais dinâmicos e que o Martin consiga se redimir.
Avaliação:
Ficha Técnica
Título: O Começo de Tudo, Wild Cards #1
Autor: George R. R. Martin
Editora: LeYa
Páginas: 480
Miguel eu comprei toda a serie de GOT os livros,acredita que ainda tá lacrado e ainda não li? e nem acredito que vou ler,esse com certeza não é meu gênero de leitura,eu quis me aventurar em novas paisagens literárias mas meu medo não deixou e todo mundo que leu GOT fala nem se apegue kk todo mundo morre kkkk não gosto de livros de guerra,leio sempre coisas leves,os jornais só mostra coisa ruim kk então procuro fugir disso tudo dentro de um livro leve e divertido,mas eu gostei da sua resenha vou indicar ao meu marido esse ai é com certeza o gênero dele de leitura,obrigada!
ResponderExcluirOiii
ResponderExcluirConfesso que esse gênero favorito, mas o jeito que a resenha foi escrita, me deixou muito curiosa para ler, vai ser legal dar uma chance a um livro assim